fado

Desde o seu nascimento, o fado foi-se desenvolvendo e abraçando novas e diferentes expressões. Embora a sua base seja o Fado Tradicional, a evolução musical e as práticas populares enriqueceram-no com novos estilos com o Fado Canção a integrar o reportório fadista, assim como as Marchas.

Fado Tradicional

O Fado Tradicional tem a sua base rítmica e melódica apoiada nos fados Menor, Corrido e Mouraria. Estes três diferentes fados surgem como herdeiros dos fados mais antigos e remotos que se perderam no tempo. O Fado Menor caracteriza-se como sendo triste e melancólico. Composto em tons menores, o Fado Menor é um dos maiores e mais interpretados fados. O Fado Corrido, por outro lado, transmite alegria. O último elemento desta trindade, o Fado Mouraria, é também composto em tom maior mas com um ritmo moderado. Assim, estes três fados passam a protagonizar a base de inúmeras criações de fado tradicional.

Fado Canção

O Fado Canção começa a ser interpretado a partir de 1930. Distingue-se dos outros estilos por ter refrão e se aproximar mais de outras músicas populares mais comerciais, afastando-se da sua génese. O Fado Canção aborda os mesmo temas originais: saudade, destino, amor ciúme, tristeza, sofrimento, desgraça mas também pode ser divertido e irónico, tecendo criticas políticas e sociais.

Marchas

As marchas constituem outra expressão musical que passou a integrar o reportório dos fadistas, estando ligadas à cultura bairrista lisboeta. Estes fados mais alegres e com um ritmo que puxa pelas palmas do público, enaltecem estes bairros tradicionais.

Folclore

O Folclore passou a fazer parte do repertório das casa de Fados no pós-guerra. A crescente afluência turística fomentou a procura e afirmação do “típico”. Assim, diversos temas de folclore são adotados pelos fadistas, incluindo Amália Rodrigues, perpetuando-se até aos dias de hoje.

 

 

Bibliografia: NERY, R. (2004) PARA UMA HISTÓRIA DO FADO. Lisboa: Público/ Corda Seca.
Lopes, S. (2011) Fado Portugal200 Anos de Fado. Oeiras: SevenMuses